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28 de maio coloca em evidência a saúde da mulher
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28 de maio coloca em evidência a saúde da mulher

 

28 de maio se comemora duas lutas importantes das mulheres: o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional da Luta pela Saúde da Mulher.

Ambas as datas têm o objetivo de conscientização da sociedade para as doenças que afetam a saúde do público feminino e que podem ser evitadas através de cuidados preventivos, como exames e consultas médicas regulares. É necessário despertar nas mulheres o comportamento preventivo, principalmente para gestantes que, além de si, são responsáveis pela vida de outra pessoa.

Como estamos enfrentando uma pandemia e as recomendações são de distanciamento social, as ações alusivas às datas serão realizadas na internet, em páginas oficiais dos órgãos públicos, como Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

 

Mortalidade materna

Conforme a ginecologista, mastologista e obstetra do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Caroline Santos Mendonça, que também atua na coordenação da maternidade Odete Valadares, a mortalidade materna é classificada como óbitos causados por problemas na gravidez ou parto ocorridos até 42 dias após o parto.

Ela reforça os dados do Ministério da Saúde de que, em média, 40% a 50% das causas de mortalidade materna podem ser consideradas evitáveis. “Hoje a gente faz o diagnóstico de gravidez muito rápido. Nós temos testes de farmácia, as mulheres têm mais acesso aos exames de sangue também. Então assim que ficou sabendo que está grávida procure o posto de saúde para estar iniciando o pré-natal. O Ministério da Saúde orienta os exames que devem ser feitos no início da gravidez.”, explica a ginecologista. “A anemia na gravidez é uma das causas de hemorragia pós-parto e isso pode ser tratado desde o início”, exemplifica a especialista.

 

Fatores de risco para mortalidade materna

Existem diferentes fatores de risco para a mortalidade materna. Entre os principais podemos citar as condições socioeconômicas da população. Isso explica porque os índices de mortalidade em regiões mais pobres são mais acentuados, como no Nordeste e Norte do país.

Dra. Caroline também destaca outros fatores, como idade e obesidade. “A adolescência é uma faixa de risco. Quanto mais jovem for a pessoa maior o risco. Infelizmente a gente vê casos de gravidez com 12 anos, a menina mal menstruou a primeira vez e já engravida. O risco dela é maior. Existem outros riscos, como obesidade, por exemplo. A gente vê cada vez pacientes mais jovens com obesidade, às vezes até obesidade mórbida. Diabetes, hipertensão, que podem ser consequência dessa obesidade.”, completa Dra.Caroline.

 

Comitê de Mortalidade Materna

Por se tratar de um assunto sério, cujo objetivo é sempre a redução dos casos, no Hospital Nossa Senhora da Conceição existe o Comitê de Mortalidade Materna. É um grupo formado por médicos que apuram as causas quando há algum óbito na Instituição para evitar que outras vidas sejam perdidas. “Existe uma investigação interna, uma investigação médica, feita para apurar os fatores que levaram a essa morte, para que isso sirva de lição, traga mais recursos para o hospital e novas informações para a equipe para que não ocorra de novo.”, explica a ginecologista Dra. Caroline.

 

Luta pela saúde da mulher

Dra. Caroline Mendonça, que também é especializada em mastologia, ressalta a importância da prevenção a outras doenças que acometem o público feminino, com destaque para três tipos de câncer: mama, colorretal e colo do útero.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) são os três tipos que mais matam mulheres no Brasil. “Por isso é fundamental manter os exames preventivos em dia. A gente tem o rastreamento, a possibilidade de fazer o diagnóstico na fase inicial, fazer tratamento menos agressivo e muitas vezes levar a mulher à cura. Então, muitas vezes, são mortes evitáveis.”, afirma Dra. Caroline. “A gente tem o exame de Papanicolau, que é o preventivo e toda mulher deve fazer todo ano. A mulher consegue o exame no posto de saúde. Temos rastreamento de câncer de mama com mamografia, com ultrassom. Ai vai variar da idade e do histórico familiar da paciente, mas que também é disponibilizado no posto de saúde.”, diz a mastologista.  

Para complementar os cuidados e equilibrar a saúde do corpo e da mente, sobretudo agora durante a pandemia do novo coronavírus, Dra. Caroline aconselha as mulheres a investirem mais em uma alimentação saudável, atividades físicas regulares e em exercícios para reforçar a saúde mental.

Dra. Caroline Mendonça, ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Nossa Senhora da Conceição

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