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Câncer de ovário: doença silenciosa que merece atenção
08
maio-23

Câncer de ovário: doença silenciosa que merece atenção

O câncer de ovário é uma doença que ocorre quando células malignas se formam nos ovários, órgãos reprodutivos femininos responsáveis pela produção de óvulos. É uma das principais causas de morte por câncer em mulheres, devido à falta de sintomas específicos nas fases iniciais e à dificuldade de detecção precoce.

O câncer de ovário é considerado o mais difícil de ser diagnosticado e também o mais letal. Dados da World Ovarian Cancer Coalition apontam que, por ano, uma média de 239 mil mulheres são diagnosticadas com a doença em todo o mundo e, infelizmente, cerca de 60% das pacientes não conseguem vencer a luta contra este mal e vão a óbito.

Sintomas

Os sintomas do câncer de ovário podem variar e podem ser vagos e inespecíficos, o que torna o diagnóstico desafiador. No entanto, alguns sintomas comuns podem incluir:

  • Dor pélvica persistente ou desconforto abdominal.
  • Aumento do tamanho abdominal ou sensação de inchaço.
  • Dificuldade em comer ou sensação de saciedade precoce.
  • Alterações no hábito intestinal, como constipação ou diarreia.
  • Mudanças na menstruação.
  • Dor durante a relação sexual.
  • Perda de peso inexplicada

Fatores de risco

O câncer de ovário está associado a fatores de risco, como, idade, fatores reprodutivos e hormonais, histórico familiar, fatores genéticos e excesso de peso corporal.

Idade - A incidência de carcinoma epitelial de ovário aumenta com o avanço da idade.

Fatores reprodutivos e hormonais - O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos. Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário.

História familiar - Histórico familiar de cânceres de ovário, colorretal e de mama está associado a risco aumentado de câncer de ovário.;

Fatores genéticos - Mutações em genes, como BRCA1 e BRCA2, estão relacionadas a risco elevado de câncer de mama e de ovário.

Excesso de gordura corporal - Aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de ovário.

Como prevenir?

As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco, manter o peso corporal saudável e consultar regularmente o seu médico, principalmente a partir dos 50 anos.

O exame preventivo ginecológico (Papanicolau) não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do colo do útero.

Tratamento

O tratamento do câncer de ovário depende do estágio da doença e pode envolver uma combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A cirurgia é geralmente realizada para remover o tumor e pode envolver a remoção dos ovários, das trompas de falópio, do útero e de outras estruturas adjacentes, dependendo da extensão da doença. A quimioterapia é frequentemente administrada após a cirurgia para destruir as células cancerígenas restantes. A radioterapia pode ser usada em casos específicos.

No Brasil

No Brasil, o câncer de ovário é considerado o segundo tipo mais comum de câncer ginecológico. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020 foram estimados cerca de 6.650 novos casos de câncer de ovário no país. A taxa de incidência é maior em mulheres acima de 50 anos.

Globalmente, o câncer de ovário é a oitava causa mais comum de câncer em mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 foram registrados cerca de 313.959 novos casos de câncer de ovário em todo o mundo. Em termos de mortalidade, estima-se que tenham ocorrido aproximadamente 207.252 óbitos relacionados a essa doença no mesmo ano.

Atenção: As informações existentes neste portal pretendem apoiar e não substituir a consulta médica. Consulte sempre um profissional de saúde.

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